A ABRAFE participou ativamente da 7ª edição do Fórum Nacional do Carvão Vegetal, realizada entre os dias 14 e 16 de maio de 2025, em Belo Horizonte (MG). O evento reuniu cerca de 400 participantes em três dias de palestras, debates e minicursos, promovendo a integração entre academia, indústria, governo e sociedade civil em torno dos principais desafios e oportunidades do setor.

Minas Gerais, estado anfitrião do evento, concentra 70% do consumo nacional de carvão vegetal, proveniente majoritariamente de florestas plantadas e manejadas para abastecer as cadeias produtivas do ferro-gusa, aço e ferroligas. Destaca-se, ainda, o setor de ferroligas e silício metálico, que consome cerca de 15% do carvão vegetal brasileiro — reconhecido internacionalmente como o principal biorredutor renovável e sustentável do mundo.

Esse modelo produtivo, baseado em florestas cultivadas e manejo responsável, confere ao Brasil um diferencial competitivo na produção de ferroligas e silício metálico com baixa pegada de carbono, contribuindo diretamente para a transição energética global e o fortalecimento da indústria nacional.

Durante o primeiro dia de programação, apresentações de empresas associadas à ABRAFE reforçaram a importância da inovação e da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva:

• “Desempenho industrial de híbridos de Corymbia na carbonização da madeira: maximizando a produtividade em carvão vegetal”, com Hudson Monteiro, Gerente Florestal do Grupo Maringá;
• “A importância do carvão vegetal na produção de ligas metálicas”, com Sebastião Andrade, Diretor Florestal da Ferbasa.
  
  

Minicurso da ABRAFE destaca papel estratégico da qualidade do carvão vegetal

No último dia do evento, a ABRAFE também esteve presente na agenda técnica por meio de um minicurso sobre as implicações da qualidade do carvão vegetal na produção de ferroligas e silício metálico, ministrado pelo diretor executivo Bruno Parreiras. A atividade contou com cerca de 40 participantes, entre universitários, professores, pesquisadores e profissionais da indústria.

O conteúdo abordou a relação entre as propriedades do carvão vegetal e a performance na produção metalúrgica, destacando os impactos diretos na eficiência operacional, sustentabilidade e competitividade do setor.

A ABRAFE agradece à Juliana Melo, coordenadora do Grupo de Trabalho de Carvão Vegetal da SIF, e à Professora Cássia Carneiro, pela confiança e parceria na realização da atividade. Também registra seu reconhecimento aos participantes do minicurso, que contribuíram com perguntas, reflexões e experiências, enriquecendo o debate e fortalecendo a conexão entre academia, pesquisa e setor produtivo.

A ABRAFE segue comprometida com a promoção do conhecimento técnico-científico, colaborando para o avanço da inovação e do desenvolvimento sustentável da cadeia do carvão vegetal no Brasil.